terça-feira, 27 de abril de 2010

Terças são chatas

Voltar pode ser uma coisa boa, uma grande satisfação. Pode trazer de volta tudo o que era bom e bonito. Voltar pode ser um analgésico para dores insistentes. Pode ser um conforto muito bem vindo para um corpo cansado de andanças e provações, como um tapete limpo onde podemos esfregar os pés descalços.

Voltar pode também ser um grande erro, pois às vezes é preciso seguir em frente e deixar certas coisas para trás. Nesses casos é preciso encontrar a fórmula correta para que o passado não seja peso, mas apenas um tempo que se foi. É uma fórmula difícil de encontrar, por isso muitas vezes o peso já está sobre os ombros antes mesmo que se possa percebê-lo.

No final das contas, nada volta, nada é da mesma maneira, por mais que tudo pareça igual. Pode ser que a casa permaneça igual mesmo depois de um longo tempo de ausência, mas nós certamente estaremos diferentes. Então pode até ser que isso não seja voltar. E pode ser que o simples ato de voltar não exista.

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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Questões simples. Respostas, nem tanto...

Nossos corações se partem tão facilmente, porque nossos amores são tão frágeis e necessitados de reciprocidade. Nossas lágrimas brotam tão facilmente, porque nunca queremos abrir mão de nossos caprichos.

Quantos amores deixamos para trás nessa caminhada árdua? Quantas possibilidades destruímos sob o peso de nossas inseguranças? Quanto mais teremos que perder para percebermos que o pouco que ainda temos é tudo que podemos ter?

Nossas tristezas se aprofundam porque é impossível nos contentarmos com o que achamos ser muito pouco, mesmo que esse muito pouco seja simplesmente o que precisamos para sorrir. É tão bom sorrir...

Nossas frustrações parecem querer nos engolir todas as vezes em que não conseguimos ter as coisas feitas ao nosso modo, porque sempre achamos que o nosso modo é o modo correto.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Entre uma coisa e outra

É delicada a linha que separa a lucidez da loucura. É fina, quase invisível. E estoura por qualquer paixão, porque qualquer paixão, para nós, é avassaladora. Qualquer instinto, uma verdadeira revolução. Colocamos tudo ao chão, viramos tudo aos avessos. E batemos no peito com orgulho achando que estamos certos.