Um intervalo simples, rápido. As palavras flutuam, mas não se fazem ouvir. Os sons se fundem, num fundo calmo que só existe para deixar claro que tudo ainda existe, aqui, neste lugar em que estamos agora. Um olhar, os olhos brilham. A palavra se corta, não são necessárias palavras. O calor se confunde, os perfumes se misturam. Os lábios se encontram. Um intervalo simples, rápido. Um segundo. Um segundo pode ser capaz de valer mais que uma vida inteira.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Contra a dor
Existe algo fascinante sobre a verdade, que nem sempre conseguimos descrever. É uma vontade de provar que existe muito além do que podemos ver, apenas sentir. É um desejo de saber mais sobre o que pensamos conhecer. Um fascínio que também é medo. Que nos faz recuar, negar, fingir, mentir. Afinal, a verdade é a prova irrefutável de que somos muito, muito propensos a nos distanciar de seus preceitos.
Porque olhar no espelho pode ser muito, muito dolorido.
Mas toda dor é também libertação.
Porque olhar no espelho pode ser muito, muito dolorido.
Mas toda dor é também libertação.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Quero que morram
Que morram as mágoas, os rancores, as dores. Que morram as maldições, as maldades, as falsidades. Que morram os atores dessas peças insensatas, os peões das ações impensadas. Que morram as palavras que machucam, que se calem, sumam. Que morram os dias que mais nos esforçamos para esquecer.
Que morram as perdas, as incertezas. Que as desgraças que nos deprimem cessem, que as consciências pesem. Que morram os momentos deliciosos que passamos com quem agora nos odeia, que morram os ódios que nos rodeiam. Que morram as confidências e os passados, as sinceras e os errados.
Que morram os distúrbios, as pobrezas e infortúnios. Que morram as cidades que devoram as liberdades e as individualidades. Que morram as necessidades, as doenças, as diferenças. Que morram as mortes desnecessárias, as perdas, as ganâncias. Que morram todas as distâncias. Principalmente as que existem entre nós.
Que morram as perdas, as incertezas. Que as desgraças que nos deprimem cessem, que as consciências pesem. Que morram os momentos deliciosos que passamos com quem agora nos odeia, que morram os ódios que nos rodeiam. Que morram as confidências e os passados, as sinceras e os errados.
Que morram os distúrbios, as pobrezas e infortúnios. Que morram as cidades que devoram as liberdades e as individualidades. Que morram as necessidades, as doenças, as diferenças. Que morram as mortes desnecessárias, as perdas, as ganâncias. Que morram todas as distâncias. Principalmente as que existem entre nós.
Assinar:
Comentários (Atom)