Ouvi alguém chamar o meu nome, no meio da noite, no meio do sono, entre o que existe e o que é sonho. Senti um abraço tão morno em meio ao frio que eu sentia, que a meia noite quase virou meio dia. E toquei uma pele suave como a neve dos prados que ao sol derretia. Despertei fechando os olhos, vivendo o tempo ao contrário, desejando de volta a nudez que minha saudade vestia. E percebi que a distância, por tão grande que fosse, jamais me perturbaria.
Respirei o perfume do vento que levou embora o fogo da vela, e deixou entrar no aposento a desordem da luz cinza do inverno, pálida e bela, em sua quase não existência, como algo que existe em dois mundos ao mesmo tempo. Como a minha lembrança, que resiste aos encantos do esquecimento, me levando sempre de volta, vivendo o tempo ao contrário, devorando toda a distância que se coloca entre os momentos que tivemos antes do arrependimento.
Respirei o perfume do vento que levou embora o fogo da vela, e deixou entrar no aposento a desordem da luz cinza do inverno, pálida e bela, em sua quase não existência, como algo que existe em dois mundos ao mesmo tempo. Como a minha lembrança, que resiste aos encantos do esquecimento, me levando sempre de volta, vivendo o tempo ao contrário, devorando toda a distância que se coloca entre os momentos que tivemos antes do arrependimento.
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