quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Exatas e Humanas

No som do canto dos pássaros está a matemática que traz a tranquilidade para a alma. Na lousa as fómulas, cálculos, ângulos. Formas geométricas de conversas e risinhos, convergindo, divergindo, tangentes. Conversa paralela. Seres humanos estudando o horizonte beijado pelo sol de fim de tarde. É verão.

Os átomos se chocam em movimentos orquestrados, formando, desintegrando, explodindo, reagrupando. Velocidade, massa, órbita, cometa, planeta, estrela. Hélio beijando metano, fulana beijando beltrano. Hidrogênio, nitrogênio. Água. Ser humano.

Nas ruas passeiam os poetas concretistas, ou pintores amadores. Gênios capazes de dar forma à pedra ou madeira. Engenheiros das palavras escolhidas a dedo para causar suspense, lágrimas, sorrisos, qualquer coisa que queiram.

E com muita surpresa nota-se que nas formas loucas das pinceladas, na construção da poesia, ou até no vôo da bailarina. É incrível, mas até mesmo no simples ato de sentar-se e passar as horas pensando, analisando, filosofando. Dentro disso tudo, escondida quase acidentalmente, podemos vê-la: a exatidão.

E descobrimos que jamais viveremos um sem o outro...

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