quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Não somos, mostramos

O segredo, guardado, escondido. Passado. Presente, futuro. Eu tento, eu juro. Existe mais do que existe aos olhos do mundo. E gira, o mundo, do claro ao escuro. Do certo ao errado, o segredo. Guardado.

A confissão e o desvio, o fogo e o pavio. A bomba explode de fora para dentro. Eu sei, eu entendo, não existe coragem sem medo. Nem piedade ao alheio. O que está feito, está feito. Morreu o sorriso. No segredo, escondido.

O desvio do olhar, a meia palavra. São metade do fim, são a chave da trava. A vida é assim. Um ir e voltar, para sempre. Assim. O segredo guardado é o medo do fardo, pesado de erro, jogado nas costas, vivendo no ermo.

O ermo de nós, o abismo entre nós, o vácuo das decisões que tomamos distorcendo o que nos tornamos. Estranhos, inimigos. Declarados, decididos. Magoados, escondidos. Segredos, os somos. Secretos e tolos.

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