A rotina do exagero é o que se joga fora todo dia: é o lixo na calçada, é a fumaça no céu. É a briga por um nada, gente invisível fazendo escarcéu. É tudo rejeitado, a testemunha sem seu véu.
O exagero da rotina é a luta pelo mesmo: é a mesmice da cegueira voluntária, é o passeio com o cachorro. É o calor desejado nas friezas do inverno, é o frio aclamado nos desesperos do verão.
O exagero e a rotina enamoram-se de todos. Dos que ficam, dos que fogem. Dos que bebem e dos que engolem. É a força da estática, a matéria do enfadonho. É o medo desse mundo tão estranho.
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