Eu vi o tempo correr montado num cavalo lindo e louco, rápido e selvagem, esmagando a relva das lembranças de eras de vidas que trilharam aqueles caminhos. Indo e vindo, dançando ao sabor dos ventos que cruzam as superfícies.
A certa altura eu já não conseguia perceber se não era então o cavalo a montar o tempo, as imagens tornaram-se borradas, enquanto a velocidade de tudo aumentava, causando vertigens e confusões.
Havia momentos em que os topos das montanhas se desgastavam diante dos ventos e chuvas de um mundo muito jovem e agressivo. Não havia lugar para poesia naquela progressão, tudo era início, estrondo e explosão.
E cavalo e cavaleiro corriam sem parar, cada vez mais rápidos rompendo os dias como se fossem simples minutos diante da eternidade impassível. Debruçado no peitoril da janela o Maior acompanhava a pequenez da aparente desordem.
Assim se sucederam as eras, uma após a outra, muito suaves se testemunhadas à distância, mas bruscas e cruéis quando vividas por dentro. Em muitos disfarces era visto o cavaleiro. Fez sofrer e sorrir aqueles que se viram em seu caminho.
Agora o cavalo parece se cansar após incontáveis anos de incansáveis cavalgadas, clamando por um novo ciclo de renovação. O cavaleiro conclui suas somas com maior voracidade, tentando poupar sua montaria. Tudo está indo mais depressa.
A certa altura eu já não conseguia perceber se não era então o cavalo a montar o tempo, as imagens tornaram-se borradas, enquanto a velocidade de tudo aumentava, causando vertigens e confusões.
Havia momentos em que os topos das montanhas se desgastavam diante dos ventos e chuvas de um mundo muito jovem e agressivo. Não havia lugar para poesia naquela progressão, tudo era início, estrondo e explosão.
E cavalo e cavaleiro corriam sem parar, cada vez mais rápidos rompendo os dias como se fossem simples minutos diante da eternidade impassível. Debruçado no peitoril da janela o Maior acompanhava a pequenez da aparente desordem.
Assim se sucederam as eras, uma após a outra, muito suaves se testemunhadas à distância, mas bruscas e cruéis quando vividas por dentro. Em muitos disfarces era visto o cavaleiro. Fez sofrer e sorrir aqueles que se viram em seu caminho.
Agora o cavalo parece se cansar após incontáveis anos de incansáveis cavalgadas, clamando por um novo ciclo de renovação. O cavaleiro conclui suas somas com maior voracidade, tentando poupar sua montaria. Tudo está indo mais depressa.
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