quarta-feira, 18 de maio de 2011

Hora

Pare. Pense. Seus pés estão no chão? O chão está sob seus pés? Ou são as nuvens de falso algodão que te sustentam? Olhe. Respire. Existem mesmo linhas que dividem os horizontes, existem fronteiras? Limites? Sinta. Fique. Ouça mais um pouco do lamento, não finja felicidade quando dela você não se alimenta. Não seja hipócrita, não esconda os olhos. Olhe fixo, olhe dentro. Olhe para dentro.

Cale. Reflita. Existe no passado lição que vive até hoje? Que dia é hora? Que hora é essa? É essa a hora de assumir que tudo pode sumir, assim, de repente, como sempre acontece? É essa a hora de levantar o copo, fartar-se e soluçar como o marujo que abstrai a tempestade? Vá. Entre. Encontre tudo aquilo que procura, mesmo que isso lhe consuma todas as horas que os relógios podem mostrar.

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