Estão todos tão preocupados com o fim do mundo que nem perceberam que ele já acabou. Acabou hoje, ontem, e mesmo muito antes. O mundo acaba a cada vez que alguém morre de fome, ou de sede, ou de doenças para as quais já existem curas que permanecem em segredo. O mundo acaba a cada assassinato, a cada roubo, a cada mentira, a cada omissão. O mundo acaba a cada guerra, a cada ato violento, a cada negação.
Estamos realmente preocupados, porque preocupações têm sabor de justificativa, e toda justificativa traz o respaldo de nossa justiça, tão justa, tão correta, tão milimetricamente calculada para condenar ou perdoar tanto réu quanto juiz. Mas temos sorte, porque o mundo acaba todos os dias, mas a todo momento se recicla. Levanta-se a cada golpe recebido, por mais dolorido que seja, com mais sabedoria e resignação.
Para cada fim que o mundo enfrenta, ele encontra um recomeço, na tentativa persistente de fazer ver valores que sufocamos sob o peso de nossa soberba. Ele insiste, não desiste, mesmo tendo suas riquezas usurpadas de maneiras tão diversamente doentes. Mesmo calado pela agonia, ele segue em frente. Vai seguindo, mesmo sabendo que vamos continuar dando nossos passos em falso, ou ainda pior, para trás.
Estamos realmente preocupados, porque preocupações têm sabor de justificativa, e toda justificativa traz o respaldo de nossa justiça, tão justa, tão correta, tão milimetricamente calculada para condenar ou perdoar tanto réu quanto juiz. Mas temos sorte, porque o mundo acaba todos os dias, mas a todo momento se recicla. Levanta-se a cada golpe recebido, por mais dolorido que seja, com mais sabedoria e resignação.
Para cada fim que o mundo enfrenta, ele encontra um recomeço, na tentativa persistente de fazer ver valores que sufocamos sob o peso de nossa soberba. Ele insiste, não desiste, mesmo tendo suas riquezas usurpadas de maneiras tão diversamente doentes. Mesmo calado pela agonia, ele segue em frente. Vai seguindo, mesmo sabendo que vamos continuar dando nossos passos em falso, ou ainda pior, para trás.
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