segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Venenos próprios

Estamos cheios de venenos, distrações. Desvios, disfunções. Coisas da vida, coisas da vida. Coisas de tudo quanto é coisa que nos limita, nos sufoca, nos engole. Destilamos nossos venenos no vendaval diário, no vai e vem de tudo quanto é coisa que vai e vem, qualquer coisa, qualquer alguém.

Estamos na contramão envenenada das emoções oscilantes, com passos curtos, vacilantes. Queremos demais ver os depois antes dos antes. Por que tudo foge? Por que tudo finge? Na contramão as curvas ficam do outro lado do que aprendemos, então falha a lembrança, assim como falha o esquecimento.

Estamos cheios de tudo. Tudo é muita coisa para carregar. Muita coisa pra fazer, prometer, consertar. É muita tralha, muita falha. Deixemos pra lá. Há ainda os dias que não vieram, e eles virão, quer queiram, quer não. Estamos cheios dos venenos que inventamos pra nós mesmos.

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