Dispensei o passeio pra ver a verdade, pra saber se a verdade é mesmo o que dizem, ou o que escondem, atrás dos lábios pintados, dos dentes cerrados, dos olhares vidrados. Eu vim pra ver e ouvir, com a miopia herdada e a surdez bem disfarçada, e saber se é mesmo real o chão que se pisa.
Mas o chão que se pisa, eu vi que é de mentira, é ilusão partilhada entre os que vivem nas nuvens. As nuvens dos valores torcidos pelas histórias amargas que os fracos não conseguem engolir. As histórias de muitos que ignoram o pouco que é necessário para pisar com segurança na certeza da terra firme.
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