As crianças, diferentes de nós, cumprem suas promessas, mesmo quando
prometem o que não podem. Isso, que elas não podem, só nós achamos que
não podem, nas restrições dessas amarras com que a idade nos envolve.
Então as crianças podem tudo em suas promessas, mesmo nas mais loucas,
como quando prometem jamais nos abandonar na feiura da velhice, dizendo
que sim, elas vão voltar, se jogando em nossos braços, para um abraço
rápido e eterno, como se jamais as tivéssemos deixado lá atrás,
empoeiradas dentro dos baús que escondemos do tempo, o tempo todo, a
vida inteira. Elas não se magoam, e voltam tão risonhas quanto antes,
para os lugares de onde nunca deveriam ter sido tiradas, só para alegrar
o coração de quem já quase não tem mais coração, de tantas surras
adultas que levou.
Vem, volta pra casa... e mata com força toda essa saudade!
Vem, volta pra casa... e mata com força toda essa saudade!
Nenhum comentário:
Postar um comentário