Ela vem dançando nos ventos, bailando nas nuvens, sussurrando canções de
silêncio aos seres que têm ouvidos sensíveis, que ouvem mais do que
falam, que falam a língua de um mundo que o mundo deixou de entender.
Ela traz, nas pontas dos dedos, as certezas que falham em nossos peitos
cansados de tanto respirar esse ar viciado por fumaça e progresso ao
avesso. Ela vem delicada, flutuando nos sonhos que deixamos nos
travesseiros.
Ela coloca seus pés descalços na terra, e muitos tremem de medo. Porque
sua bruta beleza assusta a quem esperava a suavidade de uma linda
princesa. Mas ela é rainha, majestosa Verdade, e não se abala com sua
corte burguesa.
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