quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Estranheza

O vento não soprou, a chuva não caiu. Nenhum som foi ouvido, a luz não se acendeu. O dia foi rápido, a noite nem veio. O sono perdeu o perfume, a cor sumiu da parede. O muro separou dois dos lados, o pó da construção invadiu os cômodos vazios. O conforto fez doer pela mesmice de si mesmo.

A paciência desapareceu, a esperança já se despediu. O vazio chegou com sua mobília invisível, fez dos restos sua nova morada. A razão expirou nos caminhos estranhos dos sentimentos. As nuvens se foram, as sombras são outras. O elo se partiu, a balança pendeu, o peso exagerou e tudo ficou diferente.

Um comentário: