Do parapeito da janela dá pra ver a cidade, as pessoas, as luzes, as sombras. Dá pra ver os carros e os prédios. A euforia e o tédio. O movimento de tudo o que se movimenta, e de tudo que permanece estático. Estático por natureza, estático por necessidade.
De cima do telhado dá pra ver os pipas e suas linhas, que cortam como se fossem feitas de vidro moído. Dá pra ver a criançada correndo os perigos, nas vielas e avenidas, como se fossem nós mesmos diante da idade temida. Tememos a volta, mais que a partida.
De longe dá pra ver quão longe estamos do que está perto de nós. E dá pra ver que nós é que somos os cegos tentando desatar esses nós. Os nós que nós damos em nossas vidas, fazendo delas as rotinas que nunca mais nos deixam em paz.
Do paralelo desse mundo dá pra ver o quanto ainda engatinhamos, mesmo nos assuntos mais simples, pelo simples fato de estarmos presos a nós mesmos, desde o primeiro calendário.
Do espelho dá pra ver quantas tentativas já fizemos, enquanto nossos traços vão mudando, sofrendo os efeitos da física das rotinas. E não podemos desistir.
De cima do telhado dá pra ver os pipas e suas linhas, que cortam como se fossem feitas de vidro moído. Dá pra ver a criançada correndo os perigos, nas vielas e avenidas, como se fossem nós mesmos diante da idade temida. Tememos a volta, mais que a partida.
De longe dá pra ver quão longe estamos do que está perto de nós. E dá pra ver que nós é que somos os cegos tentando desatar esses nós. Os nós que nós damos em nossas vidas, fazendo delas as rotinas que nunca mais nos deixam em paz.
Do paralelo desse mundo dá pra ver o quanto ainda engatinhamos, mesmo nos assuntos mais simples, pelo simples fato de estarmos presos a nós mesmos, desde o primeiro calendário.
Do espelho dá pra ver quantas tentativas já fizemos, enquanto nossos traços vão mudando, sofrendo os efeitos da física das rotinas. E não podemos desistir.
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